
Realizador de obras-primas em diversos gêneros, Stanley Kubrick foi um diretor genial. Pela ficção científica, ele fez 2001 – Uma Odisséia no Espaço (1968) e, pelo terror, entregou O Iluminado (1980). O diretor também criticou duas guerras em Glória Feita de Sangue (1957) e Nascido Para Matar (1987), além da Guerra Fria, em Dr. Fantástico (1964). Entre muitos outros gêneros, Kubrick fez o filme definitivo sobre a violência, Laranja Mecânica (1971), o número 3 da lista da Sociedade Brasileira de Blogueiros Cinéfilos para os 10 Melhores Filmes de Todos os Tempos.
É a história do jovem Alex de Large (Malcolm McDowell), líder dos “Drugues”, um grupo delinqüente que vive uma rotina incomum. Eles espancam mendigos, invadem casas para roubar, agredir e matar, além de desafiar gangues rivais em lutas sem limites ou regras. Um dia, Alex é capturado pela polícia e entregue ao Governo para uma experiência capaz de anular o instinto violento do ser humano.
Stanley Kubrick discute a violência física e mental do Homem, e também do Governo. Em Laranja Mecânica, o cineasta lança diversas perguntas ao público: “Quem é capaz da pior espécie de violência? O indivíduo ou o Estado? Está tudo interligado? A lavagem cerebral para corrigir um homem como Alex é definitiva? É correta?”. Com quatro indicações ao Oscar (Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Montagem), Laranja Mecânica incomoda, impressiona e influencia cineastas até hoje.
Laranja Mecânica (A Clockwork Orange, 1971)
Direção: Stanley Kubrick
Roteiro: Stanley Kubrick
Elenco: Malcolm McDowell, Patrick Magee, Michael Bates, Warren Clarke, John Clive, Adrienne Corri e Carl Duering